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DORI – Deteção, Observação, Reconhecimento e Identificação

Escrito em 26 de janeiro de 2024

Como Definir a Resolução de uma Câmara de Videovigilância

Nos sistemas de vídeo vigilância, a resolução de uma câmara é frequentemente considerada um indicador-chave de "qualidade", medido pelo número de píxeis. Em geral, uma maior quantidade de píxeis para representar uma imagem tende a resultar em mais detalhes.

Contudo, a resolução é apenas um entre vários fatores que contribuem para garantir uma qualidade de imagem eficaz. Por si só, a resolução não é garantia de nada. Outros elementos, como iluminação, profundidade de foco, campo de visão, compressão e número de imagens por segundo, também desempenham papéis cruciais.

Assumindo que todos esses aspetos estão devidamente abordados, surge a questão de saber se é sempre necessário usar câmaras com a máxima resolução possível. A resposta é não.

Neste sentido, é crucial definir o tipo de informação desejado para o campo de visão e a distância pretendida para captar um objeto ou indivíduo:

1. Deteção:
- A figura deve ocupar pelo menos 10% da altura disponível do ecrã.
- Após um alerta, o observador deve conseguir procurar nos ecrãs e determinar com elevado grau de certeza se há ou não uma pessoa presente.

2. Observação:
- A figura deve ocupar entre 25% e 30% da altura do ecrã.
- Nesta escala, alguns detalhes característicos do indivíduo, como o tipo de vestuário, podem ser vistos, mantendo a imagem suficientemente ampla para monitorizar a atividade circundante a um incidente.

3. Reconhecimento:
- Quando a figura ocupa pelo menos 50% da altura do ecrã, os observadores podem afirmar, com elevado grau de certeza, se o indivíduo é ou não alguém que já viram anteriormente.

4. Identificação:
- Com a figura ocupando pelo menos 100% da altura do ecrã, a qualidade e detalhe da imagem devem ser suficientes para permitir a identificação sem qualquer margem de dúvida.

A norma IEC estabelece quantos píxeis o alvo deve representar em termos de píxeis quando projetado no sensor. Por exemplo, para identificar uma pessoa, é necessário que 1 píxel no sensor represente no máximo 4 mm no rosto da pessoa a identificar.

Na prática, ocupar mais "espaço" no sensor facilita a identificação de uma face, permitindo até identificar uma pessoa a uma grande distância com uma câmara de baixa resolução, desde que o campo de visão seja estreito.

Portanto, a escolha de uma câmara não deve basear-se apenas no número de píxeis do sensor. Deve-se considerar a distância desejada para a aplicação do esquema DORI, lembrando que a resolução espacial varia com a distância focal, a profundidade de foco varia inversamente com a distância focal, e a focagem não está relacionada com a resolução. É crucial estudar a situação antes de decidir sobre a solução técnica.